Problema surge após um episódio violento
Agência Unipress Internacional
Aline Gomes
Insônia, sobressaltos sem motivo, lembranças aflitivas e pesadelos freqüentes relacionados com uma situação vivenciada são queixas freqüentes de pessoas que passaram por situações traumáticas.
Conhecida como Transtorno de Estresse Pós-Traumático (TEPT), a doença se caracteriza por ser conseqüência de um acontecimento extremamente estressante, durante o qual o indivíduo tem sua vida ou integridade física ameaçadas, ou, ainda, presencia a morte, ferimentos graves ou ameaça física a outras pessoas.
Seja qual for o tipo de evento traumático, que varia de catástrofes naturais a situações de violência, ao vivenciá-lo a pessoa apresenta uma reação intensa de medo, desespero ou impotência. “Não é o risco que efetivamente proporciona o medo, mas sim a associação de pensamentos equivocados”, afirma a psicóloga Adriana de Araújo, especializada no tratamento de fobias.
Em seguida, a pessoa passa a reviver o choque de forma persistente, por meio de lembranças que surgem contra a sua vontade, de sonhos repetidos e da nítida sensação de que a tragédia está acontecendo de novo. “Junto com essas recordações, costumam aparecer sintomas de ansiedade, como falta de ar, taquicardia, tremores, inquietação. A dificuldade de concentração e a predisposição ao isolamento são outros sinais do transtorno”, explica Adriana.
O diagnóstico do TEPT é confirmado quando esse sofrimento persiste por mais de um mês, prejudicando as atividades do dia-a-dia e afetando seriamente a vida pessoal e profissional. “O tratamento acontecerá no sentido de buscar uma mudança de interpretação, mudando as associações mentais que foram feitas, até mesmo distorcidas”, esclarece.
Segundo a psicóloga, embora não haja estatísticas a respeito, as mulheres parecem ser mais propensas ao TEPT. Essa suscetibilidade suspeita-se que esteja ligada às mudanças hormonais típicas do ciclo menstrual.
Dica da especialista: Uma vez que a doença tem efeitos bastante prejudiciais, é importante que, ao ser diagnosticada, a pessoa passe por uma avaliação psicológica ou psiquiátrica.
“Além do apoio psicoterápico, o apoio familiar também contribui de forma significativa para o sucesso do tratamento. É fundamental que as pessoas que convivem com o doente sejam compreensivas e pacientes, evitando julgar sua dificuldade de superar o trauma", orienta Adriana de Araújo.
Adriana de Araújo
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