Limites – Disciplina ou Repressão?

Educar os filhos é uma tarefa complexa, mas que não precisa ser penosa. Cabe aos pais a escolha de como fazê-lo. Muitas dessas escolhas são baseadas em aprendizados anteriores, que podem vir através dos ensinamentos recebidos dos pais. Mas nem sempre a mesma forma de educar funciona para todas as pessoas; é preciso entender que cada um tem necessidades diferentes. As características pessoais e a personalidade devem influenciar nessa escolha.

É fundamental que a criança cresça e aprenda o que pode ou não fazer, dentro e fora de casa. Os pais devem dar esse suporte para um bom desenvolvimento sem atribuir essa responsabilidade a outros.

A escola também é educadora. Alem das matérias que são ensinadas, a escola oferece a possibilidade do convívio com outras crianças. Isso implica em saber lidar com as diferenças: intelectuais, sociais, religiosas, etc. Entretanto a escola não é responsável pela formação e/ou correção do caráter da criança. Estudos mostram que por dia um professor estadual é agredido por aluno (s) e que o Brasil é o quinto pais do mundo em numero de mortes entre os jovens por violência. Como saber de a educação dada aos filhos contribui ou não para esses números? Qual a diferença entre disciplina e repressão? 
A disciplina consiste em regras que existem para o bom convívio com a família e os demais. Aos pais cabe a orientação de como essa criança deve proceder para se adequar. É preciso explicar de onde vêem as regras, para que servem e como segui-las. A repressão é diferente, implica em conter e impor. Muitos pais se confundem nessas questões e optam por ser "liberais"; acreditando que seus filhos podem fazer tudo o que querem sem que haja a necessidade de orientá-los. Mas como essa criança vai aprender a governar a si própria sem saber quais são os seus limites?
Uma criança que pode fazer "tudo o que quer" fica propensa a dificuldade de relacionamento e baixa auto-estima, pois se torna incapaz de lidar com as frustrações normais do dia-a-dia, com os imprevistos que fazem parte de uma vida normal, afinal nem sempre as coisas são como se quer. A sabedoria consiste em aprender a viver e conviver com o real. Toda casa deve ter uma regra interna para uma boa convivência. Algumas dicas: 
– Manter a palavra e evitar voltar atrás. – Quando isso não acontece a criança não entende a mensagem dada. Manter a palavra transmite segurança. Mas cuidado! Errar é humano, e se for preciso, os pais podem e devem pedir desculpas.

– Fale de forma clara e objetiva, evitando ironias e sarcasmos. – Crianças pequenas não conseguem assimilar o que alguma coisa quer dizer, elas tendem a compreende de forma literal aquilo que lhes é falado, sem conseguir transcodificar a informação que os pais tentaram passar.
– Crie ordens: estudo, cuidado pessoal (higiene / alimentação / vestuário, etc), prática de esportes. – crianças devem ter equilíbrio nas atividades realizadas. A própria interação social é uma forma também de incentivar e criar situações de limites, uma vez que há regras de convívio, valores e crenças. Conviver com outras pessoas implica em respeitar limites.
Pais separados devem manter uma coerência na educação para que essa criança internalize o que esta aprendendo, pois se as mensagens são contraditórias se torna difícil a compreensão. O que ocorre muitas vezes é que aquele que não mora com a criança, e tende a ver menos, sente-se culpado e quer agradar em excesso. Na ânsia de fazer certo, acaba aceitando as imposicoes e cobranças da criança, perdendo o controle da situação.
Orientações especificas são dadas para cada criança e sua família quando são feitas através das sessões de atendimento (www.curadalma.com.br), onde é possível que se perceba a dinâmica, reforços, aprendizados e distorções que são comuns quando se tem alguma dificuldade.
LEMBRE-SE:
Impor limites é uma forma de mostrar carinho demonstrando preocupação e atenção. Não é a quantidade de tempo que se passa com os filhos, mas sim a qualidade desse tempo. 

Adriana de Araújo
Counselor and Executive Coach
www.desenvolvimentoexcelencia.com.br
Consultoria via Skype

 

Fonte: Adriana de Araújo

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