O mundo em que vivemos é um só, mas a percepção que se tem dele é diferente para cada um de nós. A maneira que se interpreta as experiências vividas são variadas, o que constitui uma realidade individual. Essas diversidades podem estar relacionadas com aprendizagens através de experiências pessoais.
Há uma lenda hindu que explicita, com humor, as possíveis diferenças entre as percepções do todo: “Havia cinco cegos que queriam conhecer um elefante. Quando tiveram a oportunidade, cada um foi tatear o animal: um segurou uma perna, outro a pança, outro a tromba, outro as orelhas, outro o rabo. O que segurou a perna passou a defender a idéia, muito objetiva, de que um elefante é como um tronco de árvore; outro, ao contrário, achou que o elefante era uma enorme bola, muito pesada; já o outro teve a certeza de que o elefante parecia uma sucuri, vigorosa e muito móvel; já mais outro saiu dali convencido de que o elefante era muito parecido a uma bandeira; e o último ficou convicto de que o elefante é um pincel.”
Em alguns momentos da vida, “tateamos o elefante” no mesmo lugar, sem compreender que existem outras partes. Muitas vezes, nos esquecemos de que a nossa realidade nem sempre é a mesma das outras pessoas e que não há uma única verdade. Quando isso acontece, passamos a viver como se que todos devessem pensar da mesma maneira, com as mesmas opiniões e argumentos. E passamos a dividir a vida em “mundo meu” e “mundo seu” e esquecemos do “mundo mundo” aquele que existe independe da nossa compreensão.
É bom lembrar que as diferenças entre as pessoas nos proporciona a possibilidade de trocar experiências e sentimentos. Se todos pensassem exatamente iguais é bem provável que não houvesse necessidade de se comunicar, pois para que explicar algo que já se é sabido e entendido pelo outro? Talvez o encontro da verdade seja a somatórias de pequenas partes, que vistas isoladas, podem a ser a realidade de cada um.
Adriana M. A. de Araújo
Psicóloga clínica e hipnoterapeuta ericksoniana. – CRP: 06/56802-5
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Fonte: Adriana de Araujo